Na quebra de alianças
Chorei a tua meu amigo
a forte dor de afiadas palavras,
e boas lembranças que tinha contigo.
Mas que valor ganhaste pelo motivo
que o fez aplicar força na punhalada.
Logo você meu chegado amigo
a quem eu ouvia, com quem eu contava.
Eficaz e poderoso foi o golpe,
porque me apanhou desprevenido,
pois jamais pensei que fosse tu.
Se soubesse teria me protegido
Pra você confidenciei
e pra você emprestei o ouvido
quando também cedia meu ombro.
Em qual ombro encosto agora?
Se o melhor de todos os ombros
era o ombro teu, meu melhor amigo.
Meu perdão é teu meu amigo
e a retribuição não virá de minha mão.
Porém a confiança será como uma casa
que derrubada leva tempo a ser restaurada.
E quando pronta e acabada,
alegremente, quero de novo ocupá-la.
Marcos André