As estradas passam como se eu estivesse parado
Quem de fora me vê, só me vê em movimento
Desconsiderando que ele mesmo se move pra alguém
Como Eistein dizia do tempo
Que é relativo pra quem observa
eu o acho mortal para quem só observa
Incrível e misterioso é viajar
Pois considere um carro vindo da agitada cidade
Que ao passar pelas pastagens da fazenda
Seu ocupante nota o boiadeiro tirando leite do gado
Com árvores frutíferas ao fundo, tudo verde em redor
e um cheiro de café fresco no imaginário
O homem do gado por seu turno
contempla o belo carro que passa
com seu piloto bem alinhado em sua roupa
vidro fechado pelo ar condicionado
e uma carteira cheia no imaginário
Ao cruzarem olhares
o motorista e o boiadeiro
numa fração de segundos a contar
surge o pensamento que logo desvanece
como seria bom eu estar em seu lugar!
Como é mágico viajar
Se Eistein me ouvisse hoje
Estaria de pronto a concordar
Ao que cruza as estradas do país
Fica tudo relativo ao que passa
e ao que vê passar.
Como é mágico viajar!
Marcos André