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"SÓ SE LEMBRARÁ QUEM HOJE VIVER. SÓ HAVERÁ HISTÓRIA AMANHÃ SE HOJE VOCÊ A ESCREVER"


sexta-feira, 7 de novembro de 2025

A REALIDADE DO DIVÓRCIO

Para onde vai... por que não se senta?

Por que conversar o que nunca se conversou?

Um pouco tarde pra falar o que realmente se pensou;

após tantas palavras geradas da raiva

palavras geradoras de raiva.

Como incendiar o coração que se esfriou?

Depois de tantos pensamentos em voz alta,

tantos até cansar a alma.

Mas a realidade é mais dura que qualquer satisfação da raiva

A realidade fere mais que a cura da mágoa! 

De que vale sobressair nas palavras

diante do silêncio nas paredes da casa

ou dos ecos que posso fazer agora?

A realidade dos projetos suspensos...

Como continuar, se eram pra dois, os ingressos e as reservas?

Como recalcular o orçamento dos sonhos que sonhamos? 

Não há planilha nem fórmula que feche essa conta.

E a realidade da vida, que vai se acabando?

Pois os últimos dias são para dois e não para um; 

pois das quedas que não caímos na vida

ficaram todas para velhice; e quando um cair haverá quem o levante.

A triste realidade é que a vida vai e o legado fica.

Se a ideia era de um casamento eterno,

Então que a morte o decida.


Marcos André

terça-feira, 12 de agosto de 2025

REFLEXÃO


É tempo de mudança social, seja espontânea ou provocada por nós.

Pois, estamos tão viciados com as telas de nossos aparelhos, que se não tomarmos nenhuma atitude hoje, em breve nossos filhos e netos estarão como em uma Matrix, deitados em suas casas, atrofiados em suas camas, vendo e interagindo com o mundo apenas virtualmente.

Marcos André

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Minhas linhas



No meio de versos cortados,
palavras partidas,
e textos picotados... eu nasci.

Na voz que fala no silencioso,
no amor que floresce no meio do nada,
perdidos e confusos... eu cresci.

E aqui estou eu — entre as linhas.

Linhas que preencho com amor,
linhas que preencho com dúvidas,
linhas que preencho com dor.

Dos livros, eu nasci,
mas procurei conforto longe das linhas
e, por isso, me vi perdida —
sem margem, sem capítulo, sem final.

Para os livros, eu volto...
e assim continuo,
preenchendo as linhas que me restam.

Antes, temia as linhas vazias,
mas hoje sei:
nas linhas vazias, o amanhã me escreve.


Talita Pereira

sábado, 2 de agosto de 2025

GAVETAS FECHADAS



Existem fragmentos de uma vida em corações guardados;

Num vale da alma, em meio a névoa de profundas lembranças;

Dos traumas escondidos em gavetas secretas 

às lembranças doces e saudosas, lamentadas nas noites decepcionantes;

Mas cada gaveta ao ser aberta, vai nublando o acinzentado dia;

pois cada gaveta que se abre, tem no meio das tralhas perdidas;

traumas e alegrias, arquivos secretos de toda uma vida!

Quando se tranca certas gavetas do passado;

só se empurra velhas tristezas para o futuro.

E então, com o choro da chuva no telhado, se liberta os gritos da alma;

Me vi assim abrindo gavetas trancadas...

e remexendo os fragmentos no meio das tralhas,

tinha pedaços de sonhos, pedaços de traumas, pedaços de felicidade, 

de vida, de morte e de vida em pedaços. 


Marcos André