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"SÓ SE LEMBRARÁ QUEM HOJE VIVER. SÓ HAVERÁ HISTÓRIA AMANHÃ SE HOJE VOCÊ A ESCREVER"


quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O QUE TEMOS EM COMUM?

O que temos em comum?
É nada, e ao mesmo tempo é tudo.
É tudo, porque sem você não sou nada.
É nada, porque sem você eu era tudo.

O que temos em comum?
É a química que nos mantém.
É o amor que ainda não se tem.
Eu sinto ódio por não te amar
e ao mesmo tempo te desejar.
Mas se não é amor nem paixão,
o que tem esse coração?

O que temos em comum?
É que quando te vejo, o coração dispara.
Eu tento me afastar, mas sem você não sou nada.

O que temos em comum?
Ninguém pode responder,
só o coração para dizer
o que temos em comum.

THAIS ALVES

PARA MINHA MÃE


Mãe, você é minha paixão
do fundo do meu coração.
Você me conheceu desde pequenina
espero que fiquemos juntas toda a vida. 

Me pegou no colo
e me amamentou
me deu carinho
e de mim cuidou.

Desde o dia que te conheci
eu soube que você ia cuidar de mim
e que você ia me amar como ninguém
pro resto da minha vida.

Mãe, hoje ainda sou uma criança
e já aprendi que o teu amor
pode superar tudo!!! 

Te amo.


Talita Pereira
(aos nove anos, escreve para sua mãe Eliana)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A CAMINHADA

Queria usar mais a mensagem na caminhada
Tocar alguns corações com algo profundo
entregar sorrisos onde só há lágrimas
Levantar alguns caídos para essa estrada

Mas vi a política abafando os grandes projetos
isolando bons obreiros e deixando outros de lado
mudando os propósitos que eram prioritários
para atender à metas mais convenientes.

Queria expressar a pureza das atitudes santas
dando o bom exemplo da moralidade
mas o comércio estava estabelecido
e corrompeu a muitos que juraram fidelidade.

Queria trazer da profundidade
um conhecimento que está oculto ainda
de uma fé esquecida na superficialidade
reacendendo a luz da verdadeira doutrina.

Mas não contava com os interesses diversos
que mantem a empolgante mesmice
fazendo sensação do que é supérfluo
tirando a primazia da antiga novidade.

Contudo isso emperrando a caminhada
ainda encontrei uns loucos no caminho
brigando por algo secundário
que nem me lembro mais o assunto
de tão sem importância que era.

Ainda vem as minhas próprias falhas
me acusarem de algo que eu só pensava
pesando a consciência e travando as passadas.

Até os que iam na direção contrária
esbanjavam elegância de uma certa prosperidade
me chamando a atenção por sua tranquilidade.
nesse dia eu olhei para trás na estrada.

Mas quando vi a juventude adorando no templo do Altíssimo
Entendi que era a amostra do grande premio que me aguarda
Que não enxergo se estou longe daquele lugar.
Escondi então a minha meninice e parei de olhar para trás.
Avancei com as antigas metas e deixei de questionar.
Não estou mais entre a cruz e a espada.
Aliás tomei a minha cruz e a minha Espada,
sacudi a poeira e prossegui na caminhada.

Marcos André

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

RECOMEÇO

Nada acontece de repente
Não há quem caia de uma janela
que já não cochilasse em seu parapeito
pois dormia à luz da mensagem

Não há quem seja destruído
por tocar displicentemente
no símbolo da presença do Todo Poderoso,
que já não a conduzisse relaxadamente.

Não há quem mate um amigo na guerra
com mentiras, falsidades e ciladas,
que já não lhe desejasse
aquilo que lhe era precioso.

Somente poucas balas perdidas são surpresas,
pois os que caminham nos tiroteios
acabarão por encontrá-las com certeza.

Não há um grande amor que se acabe
com tudo de bom que se havia,
que há muito tempo já não o tenha de verdade.

Estou bem certo de que o mais importante é o amor,
mas a fidelidade, o respeito, o carinho 
e outras coisinhas da caminhada me são necessárias
para o resto de vida que se vê a frente.

E se estas coisinhas me haja faltado
careço do perdão de todos os prejudicados,
porque ainda que me faltassem, eu as buscava
e as desejava ardentemente.

Talvez o fim de uma história
seja o começo de outra melhor.

Ou talvez cada recomeço de história
só sirva para encontrar os velhos
versos que havia perdido.

Ou seja talvez somente
para que eu cresça um pouco mais.

Marcos André

sábado, 3 de dezembro de 2011

ENCONTRO NO JARDIM

No jardim onde se prensava a oliva
Estava Ele sendo prensado por mim
Liberando o mais puro azeite
Que acendeu a lamparina pra minha alma cega.

De suor e sangue, por quem dorme e não vigia.
Por mim que não vigiava enquanto se entregava.
Pelos que foram soltos enquanto o prendiam.
Por conta das correntes que o levaram.

Na noite em que Ele foi prensado
eu morria pra tudo aquilo que me prendia.
E enquanto o azeite dEle se esvaziava
enchia do tesouro esse vaso de barro.

O prenderam por tudo de errado que fiz
o acusaram de tudo aquilo que hoje me condenam
e o mataram pra que eu morresse agora pro mundo
As águas do seu lado aberto, o velho homem batizam .

A cruz eu não levei, para que a levasse hoje
Os tapas não senti, para que os sentisse hoje.
A espada que o defendia Ele mandou guardar
para que eu guardasse as minhas armas hoje.

Os escárnios Ele aguentou calado
para que eu sempre me lembrasse dEle
ao ver um escarnecedor de meus irmãos,
para não me assentar a sua roda.

Aquela peça não era dEle
nem tão pouco de outro ladrão
mas daria certamente em mim
se lá tivesse coragem de estar.

Das vezes que o abandonei perdi a conta
Mas ao menos hoje eu quero fazer diferente
Nessa noite eu vou encontrá-lo em meu jardim
pra vigiar com Ele e orar ao seu lado.

Porque agora sou eu quem eles querem!

Marcos André

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O QUE É IMPORTANTE?

Existem mil maneiras de dizer eu te amo
nós é que reduzimos tudo a eu te amo.
Quem sabe um abraço fale de amor
mais do que as palavras eu te amo.
Quem sabe uma atenção incomum
para algo tão simples, mas tão apreciado
por quem quer ser amado.
Que mostre a importância de se acordar
ao lado de quem se ama de verdade.
A muito tempo o antônimo de eu te amo
deixou de ser eu te odeio, para se chamar indiferença,
como o novo visual que não foi notado,
ou o café que não se toma mais juntos
a tanto tempo que ficou normal.
Como aquela indiferença que se faz todo dia
que só é notada na perda daqueles que são importantes.
É porque tudo se resolve com e-mail
mais fácil e barato, mas que não ressalta
a importância de coisinhas tão importantes
que deveríamos dizer e fazer todo dia.
Porém, só depois que tudo fica frio
e as vozes dos mal amados não são mais ouvidas,
as coisinhas sem importância, serão a única lembrança
que substituirá a indiferença por muitos dias.
E os mais indiferentes tendem a chorar mais alto
na hora que a terra cobre aquela coisinha
que era tão importante.

Marcos André

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

SONHOS IMPOSSÍVEIS

Era um cipó crescendo sobre a macieira.
Se enrolando apertado nos galhos da bela planta
estendendo os ramos e entrelaçando-se nela
desejando mais do que jamais será.

Subiu o máximo que pôde no tronco
querendo provar das deliciosas frutas
e tê-las junto com a linda macieira,
contrariando as leis da sábia natureza.

Deliciava-se em sonhar no balanço dos ventos
soprando e fazendo os galhos se encontrarem.
Sonhando em ter maçã como se possível fosse
e a macieira estender cipó para os laços se atarem.

Triste para o cipó que não pode amar a macieira
e para ela que não poderá nunca tê-lo consigo.
Um amor que morre ao nascer e não vinga pra contar
e pra quem contar se todas as tradições os repudiam.

Pobre macieira apaixonada que nunca terá seu amado cipó,
que não compartilhará frutos com ele por ser isso impossível.
Pois logo chegará a foice do agricultor para limpar sua macieira
e arrancará o cipó com violência, ferindo também sua alegria.

Como existem tantos reprimidos corações 
que se enrolaram com as macieiras dessa vida 
com quem nunca terão frutos de verdade,
temendo sempre a foice do cuidadoso agricultor.

Marcos André

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

ESPÍRITO SANTO

Entraste assim em minha vida
Chegou em mim de uma vez
Pelo coração ou pela alma
ou estava aqui a vida inteira talvez.
Escrevendo em mim uma história.
Um riso de alegria, um choro incontido,
um gemido inaudível.
O sopro que me fez tremer,
que me mudou pra sempre.
Olhei-me com desprezo
por toda vergonha que havia em mim,
pois tu eras como um espelho em minha mente
denunciando a corrupção oculta.
Mas adentrou-me alegria na alma
pelo sopro suave que me deu vida de novo.
Que ergueu minha cabeça sem medo,
que me fez olhar em volta
e ver aqueles que nunca vi
morrendo o tempo todo logo ali.
mortos andando eu nem via
entendi que eu estava morto e nem sabia.
Mas agora que moves em mim
me mostras o pouco tempo que tenho,
pra gritar que eu já morri.
Pelo menos a velha parte de mim.
Quero ensinar aos que vão morrendo
sobre aquEle que morreu e está vivendo!


Marcos André

domingo, 6 de novembro de 2011

FELICIDADE DO COTIDIANO

A felicidade chegou finalmente
num dia normal como outro qualquer
desses de se fazer tudo igual
mas foi de um jeito diferente.


Uma coisa nova Deus fez
no meio do que já estava velho
ou velho estava eu de tanto repetir
velhas coisas que fazemos todo dia.


De rotina em rotina
tudo de novo e novamente
a alegria se perdendo no desgaste
das atitudes iguais as outras.


Mas a minha felicidade apareceu,
tão própria e particular de mim 
que não dá pra expressar sem detalhes
e sem o exemplo de quem viveu.


Então a felicidade de cada um
pode estar nas coisas ao redor,
que pelo vício de olhar por cima
não vê a novidade no que é comum.


Não vem sem lágrimas ou sorrisos escancarados
ou de boca aberta com certo espanto,
por criticar a velharia e não abrir os olhos
pra ver as coisas novas que Deus faz de vez em quando.


Marcos André


Por uma novidade que vi um dia, mas que acontecia todo dia
porém meus dogmas e paradigmas não me deixava enxergar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CARTAS DE AMOR

As cartas falam onde não há palavras faladas
Por medo talvez, ou só por timidez
Ou ainda por cansaço das palavras
Que de tantas vezes ditas se tornaram obsoletas.


Elas choram e sorriem nas mãos dos amores
de olhos apaixonados, que escrevem as cores
da juventude alegre de hoje só lembranças
de casa e de escola, das ruas e da infância.


Quantas histórias guardadas em velhos armários,
dos meninos sonhadores de outrora.
Nas cartas empoeiradas, as letras escondidas,
cenas de paixões nas páginas amareladas.


Hoje eu só queria um papel e uma caneta,
pois já desisti de todas coisas pronunciadas.
Porque a história só se vive uma vez
e resto fica por conta das palavras.


Pelos novos amores, rasguei as velhas cartas
sacrificando a história pra investir na vida.
Forçando o coração a jogar as letras fora
de um tempo que a lembrança não apaga.


Marcos André 

sábado, 15 de outubro de 2011

A FORÇA DO SILÊNCIO

Ah, se os homens conhecessem a força do silêncio,
sua profundidade, seu valor, sua paz...
Ah, se as pessoas entendessem que ouvir
produz muito mais do que falar.

Quantas tragédias seriam evitadas,
quantos filhos ainda teriam os pais.
Quantos casamentos seriam restaurados
e quantos filhos ainda teriam os pais.

Quantos amigos ainda estariam conosco
se não fossem as malditas palavras,
que de tantas que foram,   
algumas saíram mal colocadas.

Ah, se o silêncio estivesse mais presente
na boca de alguns santos imprudentes
que dizem de si mesmo, tantas qualidades 
tantas quantas as palavras podem dizer.

Mas o silêncio tem força,
pode ser mortal e sinistro.
Às vezes ele consente, às vezes reprova,
à vezes acusa, outras vezes ele é misterioso.

Quando alguém se cala,
buscam no seu rosto as palavras,
dos gestos uma resposta, do corpo uma mensagem.
Assim o que se cala é observado com atenção.

A palavra dita após o silêncio
é esperada, é ouvida e apreciada.
Se dita após muitas palavras, logo é ignorada
não é atendida e de todo é rejeitada.

O silêncio ouve mais, sente mais
ajuda mais, como um psicólogo que escuta.
O silêncio melhor aproveita, de tudo que a vida dá,
a oportunidade de ficar calado! 

Marcos André

sábado, 8 de outubro de 2011

O FAROL

Na escuridão das águas de minha vida
passei a infância tentando navegar.
As vezes parecia rio, as vezes parecia mar,
outras vezes calmaria e outras, tormenta.


Mas vida seguia assim, como num mar escuro.
Sem destino certo, sem vida sendo vivida.
Sem esperança de viver coisa alguma.
Todos os projetos foram esquecidos.


Não tinha a maior graça da vida.
Viver aquilo pelo qual se pudesse morrer
Eu vivia tudo que desse pra viver.
Finalmente senti que não tinha graça a vida.


Flutuei à deriva toda a juventude.
Gastando as forças sem viver.
Nada produzi, nada conquistei.
Se foram mar afora as amizades que ganhei.


Há quem me dera um farol naquela época.
Não perderia tanto tempo da infância.
Não viveria morrendo sem pressa.
Não teria tanto para me arrepender!


Já agora porém, há uma luz na escuridão do mar.
Estando eu no limiar dessa idade.
Sei que posso agora navegar.
Uma direção agora eu tenho, posso me lançar.
Sei a onde ir, sei onde vou chegar.


Marcos André (Esperando ver o Mestre) 





sábado, 1 de outubro de 2011

PECADO ORIGINAL

O primeiro foi no céu, o segundo na Terra.
O primeiro foi pelo ego.
O segundo pela tentação.
O mal do primeiro foi a altivez. 
O do segundo foi a desobediência.
Aliás o segundo passou sua desobediência
como herança a todos as pessoas desobedientes.
Enquanto o primeiro veio da mentira
pelo pai da mentira que aliciou um exército 
de rebeldes amotinados, de sorte que foram vencidos.
Assim o segundo arruinou a família dos humanos,
enquanto o primeiro destruiu a terça parte do céu.
Se alguém cai no segundo, lembra o maior desobediente
Se cai no primeiro, lembra o maior dos rebeldes.
A tentação do primeiro é a altivez, o olhar altivo, a arrogância.
A tentação do segundo é a fraqueza carnal e do caráter.
Somos homens numa gangorra da personalidade,
onde pendemos vez pra lá, vez pra cá.
Às vezes somos tentados pela carnalidade, 
outras pela prepotência do ego,
mas ficamos no equilíbrio, no centro da gangorra,
no centro da vontade do Criador.
O autor do primeiro está condenado,
O do segundo pode tentar pelo Sangue
daquele que não pecou.


Marcos André  
   

terça-feira, 27 de setembro de 2011

PARÂMETRO

Os que julgam olham no espelho
e fazem a projeção de si mesmo nos outros
para ficarem eficientes no julgar.
O que há de odioso neles, apontam pra você


Condenam com rapidez e rigor.
O mal que há neles, dizem ver em você.
O que eles fazem em oculto
acusam você de fazer.


O parâmetro que eles usam para te acusar,  
são eles mesmos medidos, pela mesma
vara que te mediram e pesados na eterna balança,
havia falta neles. 


Quando vão ler da mão que escreve na parede?
Pois tu eras utensílio de Deus,
quando o Rei se alegrava em ti.
Só que zombaram de você e debocharam de ti


Levanta filho, levanta!
O Rei precisa de você
para ajudar outros condenados
a se erguerem antes de morrer.


Marcos André

domingo, 18 de setembro de 2011

QUANDO TE ACHEI

Na noite em que todos estavam indo
você estava chegando.
Quando perdi tudo
voce me deu a tua mão.

Mas eu quase não a enchergava
e por pouco não a perdi.
Os falsos amigos me abraçaram,
mas você me exortou.

E muitas vozes me coagiam
Tudo me parecia dizer algo,
porém nada era de confiança.

Mas aos poucos nos conhecemos
e você me ensinou a não ouvir as vozes.
Para cada voz você refutava.
Até as dos falsos amigos

Muitos deles eram como Uzá para mim
colocando a mão onde não deviam
e pensando que me ajudavam.
Mas todos se foram.

Todos e tudo falavam ao mesmo tempo.
As vozes em casa mandavam separar,
mas você mandava entender.
Você mandou sorrir e eu queria chorar.

As vozes na rua mandavam eu me vingar
mas você mandou eu ajudar.
Tinha vozes no carro que mandava eu pizar,
mas a tua voz me disse pra acalmar.

Até o dia em que todos se foram
tanto os bons como os falsos amigos.
Nesse dia eu te vi de perto.
Não tinha mais ninguém ali.

A última amiga que saiu
deu um sorriso, fez um pedido e partiu
seu coração parou e ninguém a trouxe de volta.
Mas você estava lá, ai eu te conheci melhor.

Quando todos se foram você ficou.
Quando tudo ficou escuro e vazio eu só tinha você.
Quando só me restou você eu descobri.
Que você era tudo que eu precisava!
Te amo meu Deus.

Marcos Andre

domingo, 11 de setembro de 2011

TEUS OLHOS

Ah, se eu te encontrasse novamente
Em um dia daqueles que só a gente viveu
Naquele lugar que só a gente sabe
Com os mesmos olhos da primeira vez

Se você dissesse que não 
teus olhos brilhariam.
Um brilho que eu saberia
mesmo sem nunca ter visto.


Teus olhos falariam numa voz diferente
e me chamariam pra mais perto de você
a sentir teu calor me envolvendo outra vez 


Eu não resistiria a estes olhos e cederia de novo.
No final eu não saberia dizer em que sentido
você é o vaso mais fraco, se eu sempre perco pra você.


Marcos André

terça-feira, 6 de setembro de 2011

PALAVRAS DE ÂNIMO

Ele estava escondido pelo desgosto que sentia
quando olhava e não via ninguém ao seu redor
Nem um ombro amigo pra desabafar-lhe
As ameaças de morte o empurraram para o deserto
buscando o fim da história, o fim de sonhar.
De sentir a única coisa que realmente importa.
Logo ele que lutou tanto pela paz,
caminhou o caminho do desgosto,
pois buscavam tirar-lhe a vida,
mas como tirar aquilo que ele não tinha mais,
pois o desejo da vida não estava mais nele.
Só os apaixonados ouvem a mesma canção de novo.
Só os românticos lêem a poesia duas vezes.
E só os que tem fé fariam tudo de novo.
Após a longa caminhada ele se acomoda na escuridão.
E sozinho na fenda do monte
diz para aquele que sabe de tudo:
- Chega! Ninguém ficou daqueles sonham.
- E eu que condenava os falsos, sou tão ruim quanto eles.
Mas de repente um ruído vem lá de fora
uma ventania terrível, mas não havia nada nela,
e então um tremor violento chaqualhou o lugar,
em seguida um incêndio cruel.
Mas cadê a resposta da oração desgostosa?
e de uma calmaria que vinha lá de fora,
ele ouviu a voz suave chamando.
A ordem veio então: - Ordenei meus reis e meu profeta,
quem escapar dos reis, cai na mão profeta.
E dos que sonham, separei um povo ainda
que sonha quando tudo parece no fim.
Quando todos se vão, eles ficam.
Quando o inimigo diz não, eles oram 
e me pedem a vitória.
São joelhos calejados de tanto pedir,
mas não se dobram ao baal desse mundo.


Marcos André

sábado, 27 de agosto de 2011

NOSSAS ESTRADAS

Existem pessoas que entram e saem
Da vida da gente
Que roubam nossa atenção
Mexem em nossa história

Que modificam nosso jeito,
nos ensinam coisas.
Algumas nos acrescentam
outras nos tomam tudo.

Mas sei de um tipo novo
que passa de largo,
que não tem compromisso
e que não aparece

Não te deve nada
e nem te cobra também.
Não se magoa contigo
e não te magoa também.


Mas fala bonito,
te manda menssagem
e conta segredos e diz elogios
sorri e fala bobagens.

Nossas estradas não se cruzam,
mas passam paralelas 
por um pequeno trecho,
que seguem e depois se vão.

Cada estrada para seu rumo.
Cada um segue seu destino
e a vida vai serena na frieza do tempo
cada um no seu caminho.

Mas se um dia esta estrada
passar por aqui de novo,
a gente faz um desvio no caminho
só pra sentar e conversar um pouco.
Face a face, olho no olho.

Marcos Andre - Professor

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

QUERO UMA ARMADURA NOVA

Cansei na luta, o fôlego me falta
Tenho que trocar essa armadura
Os sentidos vacilam
Essas peças não aguentam outro combate.


Meu escudo que levantei em tantas lutas
Agora está todo rachado
Minha fé fraqueja nessa guerra.
Preciso de um pouco de Paz.


O capacete amassou todo
pela violências dos golpes.
A salvação é a única certeza que me resta.
Estou fraco e abatido.


Rasgaram minha couraça
como folha de papel.
Assim eu vi minha justiça posta a prova,
pela dúvidas que levantaram sobre mim.


As sandálias perdi em algum lugar
no meio dessa guerra.
Já não tenho saído para lugar algum
no terreno do inimigo.


O cinto que prende essa armadura
ainda está firme.
Porque ainda ando na verdade 
por isso não perdi o que sobrou dessas peças.


Vou orando, caminhando e chorando,
quase sem forças, quase sem vida.
No frio da noite, com os olhos cansados 
É preciso lutar, sobreviver mais uma noite.


Mas a espada ainda está comigo,
de tanto que lutei, grudou-se em minha mão.
Nessa noite vigiarei a chegada do inimigo
ainda tenho a Palavra, ainda tenho a oração.


Pela manhã comparecerei a presença do Rei,
Beberei do cálice de sua mão,
Comerei do pão partido em sua mesa
e receberei do meu Rei uma nova armadura.

e lutarei mais uma batalha. 




Marcos André