Me pus de joelhos uma vez mais
ardendo no peito um desejo comigo
que tinha de falar com um amigo
Não achando nenhum que desse ouvido
achei melhor falar contigo.
Derramei muito desse lamento
por toda a munição que dei ao inimigo
enquanto, para proteção, minava os lados,
mas como poderei sair agora
se está tudo minado
se acusei a todos que pude acusar,
para estar a salvo de ser acusado.
Os elogios que me matavam, eu não vi
e sem as críticas para me consertar.
Agora não tem ninguém por aqui
que tire a água junto comigo,
só baldes vazios dos que foram embora
dizendo que meu lado afundaria primeiro
não viram que o barco afundava por inteiro.
Reservei-me ao silêncio da culpa
e atrás da tua cruz me escondi.
As acusações eram da tua permissão
e os acusadores eram tuas ferramentas
para que eu sinta a dor dos espinhos
e para que eu fique aqui abaixadinho
porque importa que tu cresça em mim
e eu diminua atrás de ti.
Marcos André
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"SÓ SE LEMBRARÁ QUEM HOJE VIVER. SÓ HAVERÁ HISTÓRIA AMANHÃ SE HOJE VOCÊ A ESCREVER"
segunda-feira, 23 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
domingo, 24 de junho de 2012
O CUBO DA VIDA
Às vezes nossa vida parece um cubo mágico
Ajeitando um lado o outro fica embaralhado
das cores tristes e desorganizadas
escondem a alegria que já teve cada quadrado.
O verde que falava da natureza
tentei colocar tudo do mesmo lado
mas tentando ajeitá-lo esqueci as outras cores
não era sustentável pra mim organizá-lo
E o amarelo que parecia ouro
quase coloquei no lugar,
mas por ele estraguei o verde
e fiquei de novo a embaralhar
O branco era a minha paz
Ah! Como essa cor eu tentei concertar!
Mas corrigindo o branco estraguei o vermelho
Assim não tinha paz para amar.
Analisando esse cubo maldito
entendi o que acontece comigo.
Ajustei pelo menos o azul
e deixei quase tudo ruim.
aprendi que nem todas as cores são pra mim,
e que nem tudo se resolverá desse lado de cá.
Essa foi a única cor que ficou.
Esse azul eu chamei de céu.
Marcos André
Ajeitando um lado o outro fica embaralhado
das cores tristes e desorganizadas
escondem a alegria que já teve cada quadrado.
O verde que falava da natureza
tentei colocar tudo do mesmo lado
mas tentando ajeitá-lo esqueci as outras cores
não era sustentável pra mim organizá-lo
E o amarelo que parecia ouro
quase coloquei no lugar,
mas por ele estraguei o verde
e fiquei de novo a embaralhar
O branco era a minha paz
Ah! Como essa cor eu tentei concertar!
Mas corrigindo o branco estraguei o vermelho
Assim não tinha paz para amar.
Analisando esse cubo maldito
entendi o que acontece comigo.
Ajustei pelo menos o azul
e deixei quase tudo ruim.
aprendi que nem todas as cores são pra mim,
e que nem tudo se resolverá desse lado de cá.
Essa foi a única cor que ficou.
Esse azul eu chamei de céu.
Marcos André
quarta-feira, 20 de junho de 2012
SUSTENTABILIDADE IGNORADA
Não sabe quem não liga
não entende se não parar
nem sempre vê-los é enxergá-los
nunca sentirás se não se aproximar
Pessoas invisíveis para os que os ignoram.
As esmolas ofertadas os destrói,
mas suas necessidades não lembradas
era a melhor oferta que não demos.
Não adiantaria matá-los
Quem iria chorar por eles?
Se desviarmos hoje o olhar,
amanhã suas armas nos farão chorar!
Lutar pelo verde é preciso
Mas quem luta pelos acinzentados?
Pobres e viciados, que ficam mais cinzas
quando fechamos o vidro do carro.
Ninguém salvará o planeta
se primeiro não pensar na sustentabilidade deles,
dos sete bilhões de animais em extinção
O bicho mais ignorante de todos:
o homem.
Marcos André
não entende se não parar
nem sempre vê-los é enxergá-los
nunca sentirás se não se aproximar
Pessoas invisíveis para os que os ignoram.
As esmolas ofertadas os destrói,
mas suas necessidades não lembradas
era a melhor oferta que não demos.
Não adiantaria matá-los
Quem iria chorar por eles?
Se desviarmos hoje o olhar,
amanhã suas armas nos farão chorar!
Lutar pelo verde é preciso
Mas quem luta pelos acinzentados?
Pobres e viciados, que ficam mais cinzas
quando fechamos o vidro do carro.
Ninguém salvará o planeta
se primeiro não pensar na sustentabilidade deles,
dos sete bilhões de animais em extinção
O bicho mais ignorante de todos:
o homem.
Marcos André
quinta-feira, 7 de junho de 2012
RIO DE LÁGRIMAS

sobre as maçãs avermelhadas
chegando em minha boca
limpando a expressão envergonhada
O rio que desaguou foi o suficiente
pra levar embora toda a mágoa
e limpar toda a sujeira acumulada
acumulada nos anos de estrada.
No dia em que ele rompeu em mim
tentava eu segurar sua enxurrada
Mas a fonte de minha única tristeza
brotava da alma, cada vez mais água.
Como águas desse rio que vem e que passa
e nunca mais nesse leito retornarão.
derramei também as mesmas águas
por aqueles que nunca mais voltarão.
Como o rio que vai ao mar a desaguar
encontrando outros rios que desaguam por lá.
Achei também outros bons amigos
que choravam juntos a dor de amar.
Assoreado está em mim esse rio
pois não se chora sempre a mesma dor.
Não correrá sempre igual no mesmo leito,
não consigo mais chorar a perda ou o desamor.
Marcos André
sábado, 26 de maio de 2012
QUEM VOCÊ VÊ NO ESPELHO?
No espelho se apresenta a imagem
De longos anos de uma vida intensa
Um pouco borrada, um pouco triste
Mas feliz apesar de tardes tão cinzentas
Apesar dos sonhos tanto tempo guardados
De quem não sabia ouvir os velhos conselhos
De quem julgava mais do que aprendia
Hoje já não julgo a tudo que vejo
Ainda que uma imagem tão amarelada
Ao lado das coisas tão importantes
Virou pintura de artista apaixonado
E já não parece tão amarela como antes
Aprendi a amar o que vejo no espelho
E as imagens sórdidas aprendi a esquecer
Enquanto uns morrem de tão mal amados
De boas lembranças e de amor quero viver.
Marcos André
quarta-feira, 9 de maio de 2012
FECHAR AS BRECHAS
Aconteceu enquanto fechávamos as brechas
e distribuíamos as posições dos vigias
e construímos as torres para abrigá-los
e reformamos as portas com as famílias
Em nossa mão havia ferramenta
e na outra havia escudo e espada
nem aceitamos deles convite algum
porquanto haviam ciladas na estrada.
De sorte que a cidade ficou forte
com grandes portas e estreitas agulhas
edificada sobre o inabalável monte
ao redor de mim estão as muralhas
Como candeia posta ao velador
Da cidade as luzes brilhavam de longe
não podemos esconder a forte cidade
edificada sobre o grande monte.
O conforto e a segurança nos traíram
Pois os olhos do inimigo nos viram
e nos lança agora todo seu aparato
com flechas, dardos e palavras.
Cercados estamos por todos os lados
Mas nos resta uma paga, por todo trabalho
uma paga por todo tempo edificando o muro
enquanto fechamos todas as brechas
É paga pra suportar e aguentar mais um jornada
Marcos André
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